Revoada de Cupins no Início da Primavera: O Fenômeno dos Siriris, Aleluias, Siri-Siris e Sararás em Campinas e Região

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A chegada da primavera é um momento esperado por muitos, especialmente por conta da renovação da natureza, o desabrochar das flores e o retorno do clima mais ameno. No entanto, além dessas maravilhas naturais, outro fenômeno marca essa estação: a famosa revoada de cupins, conhecidos popularmente como siriri, aleluia, siri-siri e sarará. Em Campinas e região, esse evento pode ser observado com mais intensidade durante as noites quentes da estação, atraindo a curiosidade e, muitas vezes, o incômodo dos moradores.

 

cupim sob luz

cupins alados (siriri, aleluia, siri-siri e sarará)

 

O Fenômeno da Revoada de Cupins

A revoada de cupins, especialmente os siriris, é um processo natural que acontece anualmente no início da primavera. Durante essa época, os cupins alados, também chamados de siriri, siri-siri, aleluia ou sarará, emergem em grande quantidade de seus ninhos em busca de parceiros para acasalamento. Esses insetos alados, que antes viviam no interior de colônias subterrâneas ou em madeiras, migram em bandos em busca de locais para estabelecer novas colônias.

 

revoada de cupins alados

revoada de cupim (casta de cupins alados)

 

Esse fenômeno é especialmente comum em Campinas e região, onde o clima úmido e as temperaturas amenas favorecem a proliferação dos cupins. As cidades são frequentemente invadidas por esses insetos, que são atraídos pela luz de casas, prédios e pela iluminação pública. Durante as noites de primavera, é comum observarmos grandes nuvens de siriris circulando em volta de lâmpadas ou invadindo as residências em busca de novos abrigos.

O cupim é um inseto social, que vive em grandes colônias compostas por diferentes castas, incluindo os operários, soldados e reprodutores. É justamente a casta reprodutora, conhecida como siriri, aleluia, siri-siri ou sarará, que protagoniza a revoada. Esses cupins alados são essenciais para a perpetuação da espécie, pois, após o acasalamento, perdem as asas e se tornam reis e rainhas, responsáveis por iniciar novas colônias. Em Campinas e região, o ciclo reprodutivo desses insetos segue um padrão bem definido, relacionado diretamente às condições climáticas.

O Papel do Clima na Revoada de Cupins em Campinas e Região

O clima desempenha um papel crucial na sincronização da revoada de cupins. Em Campinas e região, a primavera é marcada por uma combinação de dias quentes e úmidos, condições ideais para a emergência dos siriris. Esse padrão climático também ocorre em outras regiões do Brasil, mas é especialmente perceptível em áreas onde há grande concentração urbana e vegetação abundante, como é o caso de Campinas.

 

revoada de cupins alados campinas

revoada-cupins-alados-campinas

 

Nos dias que antecedem uma revoada de cupins, é comum que as temperaturas subam de maneira significativa. Além disso, chuvas leves ou pancadas isoladas são um indicativo de que a revoada está próxima, já que o solo úmido facilita a saída dos insetos de seus ninhos subterrâneos. Durante esse período, é frequente que os siriris, aleluias, siri-siris e sararás comecem a aparecer em grande número, especialmente ao entardecer e durante a noite, atraídos pela iluminação artificial.

Em Campinas e região, esse fenômeno pode ser tão intenso que, em alguns bairros, os moradores precisam desligar as luzes externas para evitar que os cupins invadam as residências. Apesar de inofensivos durante essa fase, esses insetos podem ser bastante incômodos, especialmente porque, uma vez dentro de casa, começam a perder as asas e se alojam em diversos pontos, como móveis de madeira, janelas e até mesmo nos eletrodomésticos.

Impactos Urbanos e Prevenção

A presença massiva dos siriris, aleluias, siri-siris e sararás durante a primavera pode ser desconcertante para muitos moradores de Campinas e região. A revoada desses cupins alados é um evento natural, mas, em áreas urbanas, pode se tornar um problema significativo. Isso se dá principalmente porque, uma vez que esses insetos encontram um local adequado para se alojarem, como madeiras ou fendas em construções, eles podem se transformar em pragas destrutivas.

O cupim é conhecido por sua capacidade de deteriorar estruturas de madeira, o que pode causar danos significativos em imóveis e móveis. Por isso, é importante que os moradores de Campinas e região estejam atentos à presença desses insetos durante a revoada e adotem medidas preventivas para evitar a formação de colônias em suas casas.

Entre as principais medidas preventivas estão a manutenção regular de madeiramentos, a aplicação de tratamentos preventivos contra cupins e a vedação de possíveis entradas, como frestas em portas e janelas. Além disso, durante a época de revoada, é recomendável desligar ou reduzir a iluminação externa, uma vez que os siriris, aleluias, siri-siris e sararás são fortemente atraídos pela luz.

Em Campinas e região, há diversas empresas especializadas no controle de pragas, que oferecem serviços de prevenção e combate a cupins. Essas empresas utilizam técnicas avançadas e produtos específicos que garantem a proteção das estruturas contra a ação desses insetos. Para os moradores que já enfrentam problemas com cupins, é essencial buscar ajuda profissional para evitar que os danos se tornem irreversíveis.

A Importância Ecológica dos Cupins

Apesar de sua fama negativa, especialmente em ambientes urbanos, os cupins desempenham um papel importante nos ecossistemas naturais. Em Campinas e região, por exemplo, esses insetos atuam como decompositores, auxiliando na degradação de matéria orgânica e na ciclagem de nutrientes. O cupim é capaz de digerir a celulose presente na madeira, transformando-a em nutrientes que são liberados de volta ao solo, o que contribui para a fertilidade da terra.

Os siriris, aleluias, siri-siris e sararás, além de serem essenciais para a perpetuação da espécie, também servem de alimento para diversas outras formas de vida. Durante a época de revoada, é comum observarmos pássaros, morcegos e até mesmo outros insetos se alimentando dos cupins alados, o que ajuda a regular a população desses insetos na natureza.

No entanto, em ambientes urbanos como Campinas e região, o desequilíbrio ecológico causado pela expansão das cidades e a fragmentação dos habitats naturais pode favorecer a proliferação excessiva dos cupins, transformando-os em pragas. Isso torna essencial a adoção de medidas de controle e prevenção, garantindo que a presença desses insetos não se torne um problema irreversível para a infraestrutura das cidades.

Conclusão

A revoada de cupins no início da primavera é um fenômeno natural, que ocorre anualmente em Campinas e região, assim como em outras partes do Brasil. Esses insetos, conhecidos popularmente como siriri, aleluia, siri-siri e sarará, desempenham um papel importante no ecossistema, mas, em áreas urbanas, podem causar transtornos significativos para os moradores.

É fundamental que a população de Campinas e região adote medidas preventivas para evitar que os cupins alados se transformem em pragas domésticas. A manutenção regular das estruturas de madeira, a vedação de frestas e a redução da iluminação externa durante a época de revoada são algumas das principais ações que podem ser tomadas para minimizar os impactos da presença desses insetos.

Ainda que os siriris, aleluias, siri-siris e sararás sejam inofensivos durante a fase de revoada, é importante lembrar que, uma vez que formam novas colônias, podem causar danos irreversíveis às estruturas de madeira. Portanto, a prevenção e o controle são essenciais para garantir que a beleza da primavera não seja ofuscada pela presença indesejada desses cupins.

Fabio Augusto de Souza

  • Fábio Augusto de Souza - Biólogo - CRBio 56764/01-D pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC).
  • Aluno da pós-graduação em Entomologia Urbana no Centro de Estudos de Insetos Sociais (CEIS) da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
  • Especialista Ambiental na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
  • Técnico Ambiental na Escola Técnica Estadual de São Paulo (ETECAP).
  • Possui ciclo de Cursos avançados de controle integrado de pragas e atuação em projetos de identificação e controle de insetos pragas no Instituto de Zootecnia de Nova Odessa (IZ).

www.manejopragas.com.br

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